Por Lucimar Maziero
Coordenadora Nacional do Ministério de Formação/Grupo de Oração Javé Chammá
Coordenadora Nacional do Ministério de Formação/Grupo de Oração Javé Chammá
Em 2011, motivada pela moção de “lançar as redes”, a Renovação Carismática Católica buscou viver de forma ainda mais intensa o chamado missionário, envolvendo os Grupos de Oração e expressões carismáticas. Tal temática trouxe-nos um impulso renovado que nos levou a irmos em busca dos filhos de Deus, levando a Boa Notícia: Jesus Cristo está vivo, Ele é o Senhor, nos ama, salva e ainda hoje realiza milagres e prodígios! Esse anúncio de salvação tem feito com que milhares de pessoas, espalhadas pelo nosso país, experimentem o amor incondicional de Deus.
Em 2011 nos tornamos mais fortes, mais unidos, mais missionários.

Hora de pastorear
Sim, meu irmão, minha irmã, já é possível ver os frutos da caminhada deste ano. Com a graça de Deus, muitas pessoas foram tocadas durante as missões desenvolvidas pelo nosso Movimento e têm procurado os Grupos de Oração, retomado os sacramentos e a vivência nas paróquias.
Tudo isso já é maravilhoso, mas certamente o Senhor tem muito mais para realizar em suas vidas. Diante dessa realidade, estamos entrando em uma nova fase na evangelização: a de refletir sobre como estamos tratando o rebanho do Senhor. Isso mesmo! Somos chamados a viver o mandato “Apascenta as minhas ovelhas” (Jo 21,15) e é por isso que esse será o tema que direcionará os trabalhos da RCC em 2012. Será um ano para cuidarmos das pessoas que estão assumindo seus postos, voltando para as pastagens do Senhor.
Quando falamos em apascentar, zelar, cuidar, estamos nos referindo ao pastoreio. O exemplo mais comum que nos vem à memória é o do pastor que cuida das ovelhas, assim como conhecemos pelo salmo 22, 1-3: “O Senhor é meu pastor e nada me faltará. Em verdes prados ele me faz repousar. Conduz-me junto às águas refrescantes, restaura as forças de minha alma. Pelos caminhos retos ele me leva, por amor do seu nome”.
Refletindo sobre essa passagem, podemos perceber que pastorear o povo de Deus é cuidar para que ele chegue até as boas pastagens. Nós, que estamos envolvidos com trabalhos de liderança, somos impulsionados pelo Espírito Santo a tomar a responsabilidade de apascentar e vigiar as pessoas do nosso Grupo de Oração e do nosso ministério. Dessa forma, levar o povo às boas pastagens é dar alimento a ele. Significa que precisamos cuidar do que estamos oferecendo aos nossos irmãos. Qual a qualidade da formação e da oração que estamos ofertando? Eles estão sendo acolhidos em um ambiente de amor fraterno e diálogo? Perguntas como essas devem ser feitas periodicamente para que a nossa evangelização seja autêntica.
Pastorear também significa proteger as ovelhas dos falsos pastores, dos lobos que chegam disfarçados com o intuito de roubar a vida do rebanho. Roubar vida, no sentido de usurpar a vida nova, a vida no Espírito.
Uma trajetória de amor
Vivemos um tempo de portas abertas no nosso Movimento. Penso que se pararmos um pouco para pensar, podemos observar as graças do Senhor no nosso meio: temos trabalhado para que nossas vidas sejam coordenadas pelo Senhor Jesus, para sermos um povo unido pela Palavra de Deus, que anuncia a Boa Notícia e semeia a Cultura de Pentecostes. Mas para que isso se consolide em todo nosso território nacional, os que exercem posição de pastores precisam trilhar a “trajetória do amor”.
À medida que novos irmãos vão entrando em nossos Grupos é muito importante que busquemos conhecê-los. Precisamos construir uma atmosfera de acolhimento, respeito e amor fraterno na qual as pessoas se sintam à vontade para abrirem-se umas às outras. Como nos ensina a Palavra, o pastor precisa conhecer as ovelhas do seu redil para cuidar delas. Já as ovelhas, precisam reconhecer a voz do pastor para poder segui-la.
Vivemos um tempo de portas abertas no nosso Movimento. Penso que se pararmos um pouco para pensar, podemos observar as graças do Senhor no nosso meio: temos trabalhado para que nossas vidas sejam coordenadas pelo Senhor Jesus, para sermos um povo unido pela Palavra de Deus, que anuncia a Boa Notícia e semeia a Cultura de Pentecostes. Mas para que isso se consolide em todo nosso território nacional, os que exercem posição de pastores precisam trilhar a “trajetória do amor”.
À medida que novos irmãos vão entrando em nossos Grupos é muito importante que busquemos conhecê-los. Precisamos construir uma atmosfera de acolhimento, respeito e amor fraterno na qual as pessoas se sintam à vontade para abrirem-se umas às outras. Como nos ensina a Palavra, o pastor precisa conhecer as ovelhas do seu redil para cuidar delas. Já as ovelhas, precisam reconhecer a voz do pastor para poder segui-la.
Nessa dinâmica, são os líderes que iniciam a busca, pois os que estão perdidos não conseguem se encontrar. Para tanto, a metodologia de trabalho deve contemplar organização e amor-doação. Com um planejamento, aqueles que são pastores traçam orientações para a sua ação, definem o que deve ser feito e aonde se quer chegar. Entretanto, só estratégia não é suficiente. Para evangelizar e pastorear é preciso agir com amor. Somente assim é possível atingir os mais diferentes tipos de públicos e conhecer as peculiaridades de cada ovelha.
Depois de toda busca é necessário saber para onde conduzimos esse rebanho. E o primeiro papel do pastor é alimentá-lo com aquilo que é necessário para o seu crescimento espiritual e humano. Assim, a oração e a formação irão fortalecer as ovelhas e devem provocar nelas o desejo pela santidade.
O exemplo de Pedro
A atitude dos pastores é de extrema importância no mandato “apascenta minhas ovelhas”. O exemplo de Pedro nos ajuda no exercício do pastoreio. Os pastores devem orar pelas necessidades de seu rebanho e dar a eles aquilo que recebem do mestre. Foi o que Pedro fez. A Bíblia nos narra que ao encontrar um coxo na porta do templo, Pedro exclamou: “ouro e prata não tenho, mas o que tenho te dou, em nome de Jesus levanta-te e anda.” (cf. Atos 3,6).
Acima de todas as coisas, o que recebemos de Deus é o amor. Por isso, cuidar, zelar e apascentar exige amor. E dentro do nosso cotidiano, precisamos buscar formas simples de demonstrá-lo para quem está a nossa volta.
Pequenos atos como telefonar para aqueles membros do Grupo de Oração que estão faltando às reuniões, visitar a casa de quem tem algum familiar doente, dar atenção a todos sem distinção, organizar momentos de convivências fraternas entre os membros do Grupo são de extrema importância. Esses pequenos gestos podem nos garantir grandes resultados.
Essa é uma primeira reflexão a respeito desta temática. Durante todo o ano de 2012, iremos falar mais sobre isso, partilhar experiências, e também refletir sobre o papel de cada um que viveu a experiência do Batismo no Espírito Santo tem nesse mandato; Afinal todos nós somos chamados a amar, a cuidar, a zelar, proteger alguém. Somos responsáveis uns pelos outros. Ninguém esta isento dessa missão.
É importante que nos autoavaliemos e a partir daí busquemos meios de melhorar o serviço que prestamos ao nosso Senhor por meio de suas amadas ovelhas.